terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Allen Ginsberg, fotógrafo amador, reuniu neste livro
registros históricos únicos dos poetas da geração beat,
da qual foi, junto com Jack Kerouac, William Burroughs
e Gregory Corso, um dos principais promotores,
e retratos de amigos e achegados.
Ginsberg não tinha qualquer pretenção artística
com as suas fotos, queria apenas registrar os encontros
com os amigos. O poeta comprara uma câmera Kodak-retina
de segunda mão, em 1953, numa loja de penhores em Nova
York. Ele a usou durante dez anos, até que deixou 
a fotografia de lado, para se dedicar a poesia
e ao ativismo contra a guerra do Vietnã.
Não fez curso de fotografia, ele dizia se inspirar 
em Cézanne, e admirando seus quadros aprendeu a olhar.
As fotos, reveladas e copiadas num supermercado,
ficaram guardadas em caixas, num armário, até que,
trinta anos depois, incentivado pelo seu amigo o fotógrafo
profissional Robert Frank, decidiu retomar o velho hábito
de registrar seus encontros com os amigos.
Ele adquiriu, então, uma velha Leica C3, que acabou perdendo, esquecida num taxi. Em seguida comprou
uma Rolleiflex, também de segunda mão, que passou
a levar para todos os lados, usando-a mais do que 
o seu bloco de anotações.
A "redescoberta" das antigas fotografias e a produção
de novas séries acabaram sendo úteis como ganha-pão
a partir dos anos 80.
O poeta, com sesenta anos e sem muito dinheiro, começou
a fazer palestras intituladas "Poesia do Instantâneo",
em que exibia as fotos, e também a trabalhar com agentes do setor para vender cópias e direitos de reprodução.
O material foi imediatamente aceito pelo mundo artístico,
em especial a partir de sua primeira exibição, em 1985,
em Nova York.

dados extraídos da Wikipédia
 

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