FAUVISMO

O Fauvismo ou Fovismo (do francês fauvisme,
oriundo de "les fauves": as feras, como foram chamados
os pintores não seguidores do cânone impressionista,
vigente na época), foi uma corrente artística do início 
do século XX, que se desenvolveu na França, entre 1905 
e 1907. O estilo começou em 1901, mas só foi denominado
e reconhecido como um movimento artístico em 1905.
Segundo Henri Matisse, em "Anotações de um pintor",
pretendia-se com o Fauvismo "uma arte do equilíbrio,
da pureza e da serenidade, destituída de temas perturbadores e deprimentes". Este grupo de pintores
utilizava nos seus quadros cores violentas, de forma
arbitrária. A denominação do movimento deve-se
ao crítico conservador Louis Vauxcelles, que, no Salão de Outono de 1905, em Paris, comparou-os a feras (fauves).
Estava exposta nesse Salão, uma escultura acadêmica
representando um menino, rodeada de pinturas neste novo
estilo, que o levou a dizer que aquilo lhe lembrava
"um Donatello entre as feras". Tal denominação, inicialmente
de caráter depreciativo, acabou por se fixar e pasou
a designar o movimento. O campo da criação artística
foi atingido fortemente pela Revolução Industrial.
As mudanças foram tão rápidas, que seria impossível
adotar cânones artísticos anteriores. As amarras criadas
por normas sagradas buscavam agora um novo propósito:
pintar as sensações que despertavam o estado de espírito
do livre curso dos impulsos interiores. 
Muitas vezes o aprendizado era questionado. Foi a época
da glorificação do instinto. O meio artístico gira em torno
de um novo mundo.
Os pintores fauvistas foram imfluenciados por Van Gogh,
através do seu emocionalismo e ardor passional no uso 
das cores, e por Paul Gauguin, com seu primitivismo
e visão sintética da natureza. A nova estética abedecia
aos impulsos instintivos: criar desobedecendo a ordem
intelectual, onde as linhas e as cores devem jorrar
no mesmo estado de pureza das crianças e dos selvagens,
afrontando os cânones tradicionais da pintura, evitando
a ilusão da tridimensionalidade.
A realidade era deformada com a finalidade de produzir
o estado de espírito do artista diante do espetáculo
oferecido pela natureza em movimento, deixando
para segundo plano o desenho e a forma. 
A nova arte surgiu como verdadeira libertação da realidade objetiva, e foi construída pelas sensações visuais impulsivas dos artistas.

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