JEAN FRANÇOIS MILLIET
Gráville-Hague, França 1814 - Barbizon, França 1875
Foi um pintor realista, e um dos fundadores da Escola 
de Barbizon na França rural.
E conhecido pelas suas representações da vida 
dos camponeses.
Junto com Courbet, Milliet foi um dos principais representantes do realismo europeu surgido em meados
do século XIX. 
Sua obra foi uma resposta à estética romântica, de gostos
orientais e exóticos, e deu forma à realidade circundante,
sobretudo a das classes trabalhadoras.
Milliet era filho de um latifundiário da região da Normandia.
Recebeu as primeiras aulas de pintura em 1834, no estúdio
dos pintores Paul Dumouchel, Jérome Langlois
e Chevreville, em Cherbourg.
Em 1838, mudou-se para Paris, onde continuou 
sob a orientação do pintor Paul Delaroche, dedicando-se
a estudar os mestres no Louvre, principalmente Giorgione,
Michelangelo e Poussin.
O início de sua carreira como artista foi muito difícil.
Precisava ganhar a vida pintando quadros a pastel 
no estilo rococó.
Após 1840, decidiu abandonar o academismo e ficou
sob a influência de Daumier.
Nessa época consegue se apresentar por primeira vez
no Salão de Paris, e conhece os pintores Théodore Rousseau e Constant Troyon, que o influenciaram
a mudar-se para o campo.
Ele acabou indo para o povoado de Barbizon. La viveria
toda a sua vida, longe da cidade que detestava, e pintando
os seus célebres quadros de camponeses, que tantas críticas despertara entre os conservadores franceses.
Em 1849 abdicou definitivamente da Escola de Barbizon
para se dedicar por inteiro às suas representações
de trabalhadores rurais. Suas obras de camponeses,
que serviram de inspiração para varios quadros de Van Gogh, foram consideradas sentimentais e extremadamente
piegas pelos críticos da cidade.
Na magnificência e dignidade de suas figuras humanas,
o pintor manifestava a integração do homem 
com a natureza. Exemplo disso é sua famosa tela "Angelus",
de 1859, onde retrata um casal de agricultores orando
na lavoura depois do trabalho.

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