terça-feira, 18 de abril de 2017

WILLIAM BLAKE
Londres, Inglaterra 1757-1827
Foi um poeta, tipógrafo, gravador e pintor,
sua pintura é definida como realismo fantástico,
influenciado pelas imagens do Juizo Final 
da Capela Sistina de Michelangelo.
Blake viveu num período significativo da história,
marcado pelo Iluminismo e pela Revolução Industrial
na Inglaterra. A literatura estava no auge, uma espécie
de paraiso para os conformados às convenções sociais,
mas não para ele, que enxergava o que muitos 
se negavam a ver: a pobreza, a injustiça social,
e a negatividade do poder da Igreja Anglicana e do Estado. 
Blake nasceu no Soho, Londres, numa família de classe média, seu pai era um fabricante de roupas.
Logo cedo a Bíblia teve uma profunda influência sobre ele,
tornando-se uma das maiores fontes de inspiração.
Desde muito jovem dizia ter visões. A primeira delas ocorreu
quando tinha cerca de nove anos, ao declarar ter visto
anjos pendurando lantejoulas nos galhos de uma árvore.
Com pouco mais de dez anos de idade começou a estampar
cópias de desenhos da Antiguidade Grega, além de escrever
e ilustrar suas próprias poesias. Em 1772 tornou-se aprendiz
do famoso estampador James Basire. Esse aprendizado,
que estendeu-se até seus vinte e um anos, fez de Blake
um profissional dessa arte.
Em 1779 começou seus estudos agraciado por uma bolsa,
na Academia Real Inglesa, respeitada instituição artística londrina. 
Este período foi determinante para o desenvolvimento
do caráter e das suas ideias artísticas, que iam de encontro
às de seus professores e colegas.
Em 1782 casou com Catherine Boucher, a quem ensinou
e ler e escrever, além das tarefas de tipografia. Catherine
retribuiu lhe ajudando em seu trabalho durante toda
sua vida.
Blake escreveu e ilustrou mais de vinte livros, incluindo
"O Livro de Jó" da Bíblia e "A Divina Comédia" de Dante
Alighieri, trabalho interrompido pela sua morte.
Muitos dos seus livros foram marcados pelos seus ideais
libertários, principalmente nos poemas dos livros "Canções
de Inocência e de Experiência", onde ele apontava a Igreja
e a alta sociedade como exploradores dos fracos.
No primeiro volume de poemas "Canções de Inocência"
(1789), aparecem traços de misticismo. Cinco anos depois
retoma o tema com "Canções de Experiência", estabelecendo uma relação dialética com o volume anterior,
acentuando a malignidade da sociedade.
Em 1790 publicou sua prosa mais conhecida "O Matrimônio
do Céu e do Inferno", em que formula uma posição
religiosa e política, revolucionária na época: a negação
da realidade da matéria, da punição eterna e da autoridade.
Apesar de seu talento, os livros de Blake eram considerados
estranhos pela maioria. Devido a isto, nunca alcançou
fama significativa, vivendo muito próximo da pobreza.
No dia da sua morte, trabalhava exaustivamente 
em "A Divina Comédia", apesar da péssima condição física
que culminaria no seu fim. Seu funeral, bastante humilde,
foi pago pelo editor responsável pelas ilustrações do livro.

dados extraídos da Wikipédia

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