FRANCISCO DE GOYA
Francisco José de Goya y Lucientes
Fuendetodos, Espanha 1746 - Burdéus, França 1828
Pintor e gravador
Passou sua infância em Fuendetodos, onde sua família
morava e seu pai ganhava a vida como dourador.
Em 1749 sua familia mudou-se para Saragoça,
onde frequentou a escola Pias, e aos 14 anos 
entrou como aprendiz no ateliê do pintor dom José Luzán
Martinez. Como era costume na época, começou fazendo
cópias de pinturas de vários mestres.
Aos 17 anos transferiu-se para Madrid, onde estudou
com Anton Raphael Mengs, um pintor que era popular
na realeza espanhola.
Pouco depois entrou em choque com seu mestre,
e seus exames foram insatisfatórios. Tentou por duas vezes,
uma em 1763 e outra em 1766, entrar para a Academia 
de Bellas Artes, sendo rejeitado em ambas as tentativas.
No final de 1771, inscreveu-se da Academia de Bellas Artes de Parma, recebendo uma mensão honrosa e sua primeira
encomenda:  o afresco da igreja Nossa Senhora do Pilar,
em Saragoça. A partir dai, seguiram-se encomendas para
o Palácio de Sobradiel e o Mosteiro Aula Dei.
Entre os anos de 1773 e 1774 foram executadas as últimas
pinturas desse período em que esteve em Saragoça.
Goya se casou com Josefa Bayeu, irmã dos artistas Francisco e Ramon Bayeu.
Enquanto esteve em Madrid trabalhou para varias fábricas
fazendo desenhos para tapeçarias. São desse período 
as pinturas que ganharam fama de cenas folklóricas
e de paisagens.
Depois de estabelecido em Madrid começou a pintar retratos, chegando a pintar 14 retratos durante o ano 
de 1778. Em 1785 começou a receber encomendas 
da aristocracia. A primeira encomenda foi para o Festival
Folklórico do Dia de Santo Isidro. No mesmo ano, executou
o primeiro retrato de um membro da nobreza, a duquesa
de Osuna. Depois da coroação de Carlos IV, foi nomeado
primeiro pintor da câmara do rei, tornando-se o pintor 
do monarca da familia.
Em 1792, numa viagem a Andaluzia, contraiu uma doença
séria e desconhecida, ficando temporariamente paralítico,
parcialmente cego e totalmente surdo. 
As cores das suas pinturas se tornaram mais escuras 
e seu modo de pintar ficou mais livre e expressivo.
Retornou, parcialmente recuperado a Madrid no verão 
de 1793 e continuou a trabalhar como artista da corte,
porém buscou outras inspirações para expressar 
a sua fantasia, que as obras sob encomenda 
não lhe permitiam.
Passou a não ter mais muito respeito pela aristocracia,
expondo as verdadeiras identidades e as fraquezas
dos modelos. Seus retratos dessa época mostram isso,
chegando por momentos próximo da caricatura.
Logo exilou-se em seu casarão chamado "Quinta del Sordo",
em Madrid.
As guerras napoleónicas vieram e se foram, e os horrores
sofridos pelos espanhois deixaram um Goya amargo,
transformando a sua arte em um ataque contra a conduta
insana dos seres humanos, passando a retratar a falta 
de sentido do sofrimento humano.
Entre os anos de 1810 e 1814 produziu a sua famosa série
de gravuras "Os Desastres da Guerra", e a pintura "Os Fusilamentos de 3 de Maio".
Em 1821 a Inquisição abriu um processo contra ele
por considerar obcenas as suas "majas", mas o pintor
conseguiu livrar-se, sendo-lhe restituída a função de primeiro pintor da câmara.
Durante os últimos anos da sua vida, Goya cobriu 
as paredes da sua "Quinta del Sordo", com as famosas 
"Pinturas Negras", uma série de composições fantasmagóricas nas quais ataca o clero e a bruxaria.
Anos mais tarde, estas pinturas foram retiradas das paredes e transportadas para a tela, graças a um procedimento
químico, e hoje se encontram no Museu do Prado, 
em Madrid.
Em 1824, Goya exilou-se em Bordéus, França, 
vindo a morrer quatro anos depois na mesma cidade.

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