Renascimento ou Renascença são os termos
usados para identificar esse período da história da Europa
aproximadamente entre fins do século XIV e o fim
do século XVII.
O período foi marcado por transformações em muitas áreas
da vida humana, caracterizando a transição do Feudalismo
para o Capitalismo, e significando uma ruptura
com as estruturas medievais. Chamou-se Renascimento
em virtude da redescoberta e revalorização das referências
culturais da Antiguidade Clássica, Grécia e Roma,
que nortearam as mudanças em direção a um ideal humanista e naturalista, "a descoberta do mundo do homem"
O Renascimento Cultural manifestou-se primeiro na região
italiana da Toscana, tendo como principais centros
as cidades de Florença e Siena, onde se difundiu para
o resto da Península Itálica e depois para todos os países
da Europa Ocidental, impulsionado pelo desenvolvimento
da imprensa por Johannes Gutemberg.
A Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento
apresentou maior expressão, porém manifestações
renascentistas de grande importância também ocorreram
na Inglaterra, Países Baixos, Portugal, Espanha
e principalmente Alemanha.
O humanismo pode ser apontado como o principal valor
cultivado no Renascimento. Antes que um corpo filosófico
o humanismo foi um método de aprendizado que passava
a dar maior valor ao uso da razão individual e à análise
das evidências empíricas, ao contrário da escolástica
medieval, que se limitava basicamente à consulta
às autoridades do passado, principalmente Aristóteles.
O humanismo afirma a dignidade do homem e o torna
o investigador por exelência da natureza. Na perspectiva
renascentista, isso envolveu a revalorização da cultura
clássica antiga e a filosofia, com uma compreensão
fortemente antropocêntrica e racionalista do mundo,
tendo o homem e seu raciocínio lógico e sua ciência
como árbitros da vida manifesta. A Alta Renascença
cronologicamente engloba os anos finais do Quatrocento,
sendo delimitada pelas obras de maturidade de Leonardo
da Vinci. Foi a fase de culminação do Renascimento,
que se disipou mal foi atingida, mas seu reconhecimento
é importante porque ali se cristalizaram idéias que caracterizam todo o movimento: o humanismo, a noção
de autonomia da arte, a emancipação do artista
de sua condição de artesão e equiparação ao cientista
e ao erudito, e a busca da fidelidade à natureza.
Eventos como a descoberta da América e a reforma
protestante, e técnicas como a imprensa de tipos móveis,
transformaram a cultura e a visão do mundo dos europeus,
ao mesmo tempo que a atenção de toda a Europa se voltava para Itália.
Nas artes o Renascimento se caracterizou pela inspiração
nos antigos gregos e romanos, e pela concepção da arte como uma imitação da natureza, tendo o homem nesse panorama um lugar privilegiado.
Na pintura a maior conquista da busca por esse "naturalismo organizado" foi a recuperação da perspectiva, representando a paisagen, as arquiteturas e o ser humano através
de relações essencialmente geométricas e criando uma eficiente impressão de espaço tridimensional. A contribuição
maior da pintura do Renascimento foi sua nova maneira
de representar a natureza através do domínio da técnica pictórica e da perspectiva.
Tal conquista significou um afastamento radical em relação
ao sistema medieval de representação,
com sua estaticidade, seu espaço sem profundidade
e seu sistema de proporções simbólico,
onde os personagens maiores tinham maior importância
numa escala que ia do homem até Deus, estabelecendo
um novo parámetro cujo fundamento era matemático.
O cânone greco-romano de proporções voltava a determinar
a construção da figura humana; também voltava o cultivo
do "belo" tipicamente clássico.
A pintura renascentista é em essência linear; o desenho
era agora considerado o alicerce de todas as artes visuais
e seu domínio um pré-requisito para todo artista. Para tanto,
foi de grande utilidade o estudo das esculturas e relevos da Antiguidade, que deram base para o desenvolvimento
de um grande repertório de temas e de gestos e posturas
do corpo. Na construção da pintura, a linha constituia
o elemento demonstrativo lógico, e a cor indicava os estados
afetivos ou qualidades específicas.
Outro diferencial em relação a arte da Idade Média
foi a introdução de maior dinamismo nas cenas e gestos,
e a descoberta do sombreado ou claro-escuro, como recurso
plástico e mimético.
dados extraídos da Wikipédia
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