sábado, 10 de dezembro de 2016

Que Rembrandt tenha tido conhecimento acerca de óptica me parece claro - seus alunos com certeza tinham. 
Mas meu argumento aqui é simples: Rembrandt 
transcendeu o aspecto "naturalista" com seu poder
emocional. 
Nenhum artista, nem antes ou depois, infundiu tanto 
em rostos como ele. Podemos ver no raio X do ancião, acima, como Rembrandt começava seus retratos
com uma rápida notação de fortes contrastes,
uma luz intensa causando profundas sombras.
A pintura subjacente é miraculosa em sua economia,
porém a cabeça acabada comove a fundo pelo ar
simples e pouco detalhista, com um tratamento sutil
da expressão ao redor dos olhos e da boca que sugere
o exame cálido e detido de um semelhante.

David Hokney

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