domingo, 6 de novembro de 2016

PAVEL FILONOV
Nasceu em Moscou em 1892, no seio de uma familia
operária, que em 1897 se transladou a Petrogrado, 
onde Pavel recebeu aulas de arte.
Em 1908 egressou na Academia Imperial de Artes 
de Petrogrado, de onde foi expulso em 1910. 
Após a sua saída da Academia, integrou o grupo União
dos Jovens, nucleado pelo mecenas Levki Jever, e entre
cujos membros destacados estavam Elena Guro, Olga
Razanova, Varvara Bubnova, Mikhail Matiushin, David Burliuk, Vladimir Burliuk, Iuri Annenkov, Kazimir Malevitch,
Vladimir Tatlin e Ivan Kliun.
Em 1912, escreveu o artigo intitulado O Cânone e a Lei,
no qual formulou os princípios do "realismo analítico" ou
"anti-cubismo". De acordo com Filonov, os artistas cubistas
representavam os objetos segundo a sua geometria de superfície, enquanto os "realistas analíticos" deviam
representar a geometria interior dos objetos. 
Esses princípios mantiveram-se em toda a obra posterior 
de Filonov, que entre 1913 e 1914, esteve muito próximo
de Vladimir Maiakovski, Velimir Khlebinkov e outros artistas
futuristas. 
Nesta época, trabalhou como ilustrador de livrinhos futuristas
e publicou seu poema transracional Canção da Florescência
Universal (Propoved o Porosli Mirovoi).
Em 1917, Filonov participou de forma ativa na Revolução
de Outubro, dirigindo o Comité de Guerra Revolucionária
da região de Dunai, mas, quando o poder dos bolcheviques se estabeleceu, regressou à pintura.
Em 1919 expõe na Primeira Mostra Livre de Artistas 
de Todas as Tendências, que se celebra no Museu Hermitage. 
A sua obra, como a de outros artistas de vanguarda,
foi apoiada pelo "Narkompros", dirigido por Anatoli Lunatcharski, o que fez com que Filonov ingressasse como
professor na Academia de Artes de Petrogrado e como membro do Instituto de Cultura Artística, sob direção
de Kazimir Malevich, onde organizou mais de setenta artistas que seguiam os princípios do realismo analítico.
Em 1929, com o estabelecimento de uma linha estética
oficial que perseguia as vanguardas, o Stalinismo proibiu
uma exposição retrospectiva de Filonov no Museu Estatal
da Rússia. 
Na altura de 1932, embora passando fome, continuou
a recusar a imposição do realismo socialista, e a venda
de suas obras a coleções particulares, visando criar,
em algum momento, um museu do realismo analítico.
Morreu de inanição em 3 de dezembro de 1941, durante
o cerco nazista de Leningrado.
A maior parte do trabalho de Filonov, foi conservado pela
sua irmã Evdokia Nikolaevna Glebova, que armazenou
as obras no arquivo do Museu Estatal da Rússia.
Durante a vida de Stalin, a exibição das obras foi interditada
e sua primeira exposição após a morte do autor celebrou-se
em Novosibirsk, em 1967, depois que o culto 
a personalidade do Stalinismo já tinha sido condenado
oficialmente e começou a se reverter a censura do regime.
Entre 1989 e 1990 celebrou-se em Paris a primeira exposição internacional do seu trabalho.

dados extraídos da Wikipédia  

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