A câmara lúcida não é facil de usar.
Basicamente, trata-se de um prisma numa vareta
que cria a ilusão de uma imagem
daquilo que esteja na frente dele
sobre um pedaço de papel embaixo.
Essa imagem não é real - não se acha de fato no papel,
somente parece estar ali. Quando se olha pelo prisma
a partir de um único ponto, pode-se ver a pessoa
ou objetos em frente e o papel embaixo ao mesmo tempo.
Se você usa a câmara lúcida para desenhar,
pode ver também a sua mão e o lápiz fazendo marcas
no papel. Mas somente você, sentado na posição certa,
é capaz de ver essas coisas, ninguém mais.
Por ser portátil, a câmara lúcida é perfeita para desenhar
paisagens. Mas em um retrato é mais difícil. Você deve
usá-la rápidamente, pois assim que o olho se move
a imagem realmente desaparece.
Um artista hábil seria capaz de fazer rápidas notações,
marcando os pontos-chave das feições da pessoa.
Com efeito, esse é um processo normal de medição
que se dá na cabeça de um bom desenhista,
mas que em geral leva muito mais tempo.
Depois de feitas essas notações, tem início
o trabalho pesado de observar do natural e traduzir
as marcas numa forma mais completa. Eu próprio tentei
usar a câmara lúcida durante um ano, desenhando
centenas de retratos com ela.
David Hockney
O propósito deste blog é o de mostrar o trabalho do ilustrador,independente das regras impostas pelo mercado,nas quatro disciplinas praticadas por mim, em diferentes momentos e veículos: A Caricatura na Imprensa,A Ilustração na Imprensa,A Ilustração Editorial e O Poema Ilustrado. Também são mostradas modalidades diferentes das mesmas propostas como: Montagens das exposições e a revalorização do painel mural, através das técnicas de reprodução digital em baner.
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