sexta-feira, 13 de maio de 2016

SHUNGA 

É uma corrente artística japonesa com temática sexual
derivada do movimento Ukiyo-e, produzida no Japão
durante o período Edo, entre os séculos XVII e XIX.
Apesar da riqueza das pinturas e xilogravuras, esse
sub-gênero foi esquecido, banido e incompreendido
nos estudos de história da arte do Japão, por abordar
o sexo de maneira explícita. Por anos foi considerada 
arte marginal, uma espécie de pornografia medieval.
Durante o período, as xilogravuras com temas eróticos 
eram vendidas em massa, e muitas vezes os artistas
eram financiados por chefes militares. Outras vezes
pagaram o preço pela ousadia, como foi o caso
de Utamaro Kitagawa, chamado de "o poeta máximo
da gravura japonesa", que foi preso por 3 dias e ficou
algemado por mais 50 dias, por ter retratado a concubina
e esposa de um chefe militar. Logo em seguida morreu,
aos 53 anos, de depressão.
As gravuras Shunga eram executadas e comercializadas
quer isoladamente, quer em livros contendo 12 imagens,
denominados Enpon, quer ainda em rolos, esta última
forma a mais rara e também a mais cara. Os temas
tratados eram variados, por vezes surpreendentes,
uma vez que os japoneses possuiam preferências sexuais
também variadas; a maior parte dos desenhos representava
cenas heterossexuais que podiam ir do simples amor sensual até a mais refinada pornografia. Curiosamente,
devido à nudez não ter conotações eróticas no Japão,
as figuras encontravam-se quase totalmente vestidas
e revelavam somente os órgaos sexuais, exagerados em tamanho. Até os maiores artistas da gravura tradicional
japonesa se dedicaram a este género à época considerado
menor, tendo o cuidado de conservar o anonimato de modo
a não prejudicar as suas carreiras "sérias". Nomes como
Utamaro, Hokusai, Hiroshigue e, sobretudo Kunisada, executaram bastantes desenhos que contribuiram a elevar
a qualidade estética. 
As autoridades fizeram diversas tentativas para limitar
e mesmo banir o género, todas sem sucesso. 
Hoje em dia permanece sob a forma de manga.

dados extraídos da Wikipédia
 

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