quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Sigo sem deus, alimentado. E sem nexo,
pensativo no leme dos sapatos querendo
chorar de impotência ante a crueldade. A polícia
no entanto surge e alinha os passos
de porrete na mão. Buzinam insistentemente ao redor
de algum corpo caído, embrulho incômodo. Ondas
de turbulência me eliminam da cena
e dobro sem querer uma esquina, onde encontro um gato.

Leonardo Fróes

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