quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A Semana de arte Moderna também chamada
Semana de 22, ocorreu em São Paulo no ano
de 1922, entre os dias 11 e 17 de fevereiro, 
no Teatro Municipal da Cidade.
O governador do Estado de São Paulo da época,
Washington Luiz, apoiou o Movimento, especialmente
por meio de René Thiollier, que solicitou o patrocínio
para levar os artistas do Rio de Janeiro: Plínio Salgado
e Menotti del Picchia, membros do seu partido, 
o Republicano Paulista. 
Apesar do designativo Semana, o evento ocorreu em três dias. Em cada dia da semana se trabalhou um aspecto cultural: pintura, escultura, poesia, literatura e música.
O evento marcou o inicio do Modernismo no Brasil,
e tornou-se referência nacional do século XX.
A Semana de Arte Moderna representou uma verdadeira
renovação da linguagem na busca da experimentação,
e da liberdade criadora na ruptura com o passado.
O evento marcou época ao apresentar novas idéias
e conceitos artísticos, como a poesia através da declamação, que antes era só escrita; a música por meio
de concertos, antes só havia cantores sem acompanhamento de orquestras sinfônicas; e a arte plástica
exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura, com
desenhos arrojados e modernos.
O adjetivo "novo" passou a ser usado em todas as manifestações que propunham linguagens interessantes.
Participaram da Semana de 22: Mario de Andrade, Oswald
de Andrade, Victor Brecheret, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Menotti del Picchia, Guilherme de Almeida, Sergio
Milliet, Heitor Villa Lobos e Emiliano Di Cavalcanti, entre outros.
A Semana de Arte Moderna ocorreu em uma época cheia
de turbulências políticas e sociais, econômicas e culturais.
As novas vanguardas surgiam e o mundo se espantava
com as novas linguagens desprovidas de regras.
Alvo de críticas e em parte ignorada, a Semana de 22
não foi bem entendida em sua época. Ela se encaixa
no contexto da República Velha (1889-1930), controlada
pelas oligarquias cafeeiras - as familias quatrocentonas.
O capitalismo crescia no Brasil, consolidando a República
e a elite paulista, totalmente influenciada pelos padrões
estéticos tradicionais.
O objetivo dos modernistas era o de renovar o ambiente
cultural da cidade, com: "a perfeita demostração do que
há em nosso meio nas artes e as letras, sob um ponto de vista rigorosamente atual", como informava o jornal Correio Paulistano, órgão do Partido Paulista, em 29 de janeiro
de 1922.


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