BURNE HOGARTH 
Chicago, Estados Unidos 1911 - Paris, França 1996
Durante décadas Hogarth foi um influente mestre 
e artista visual, conhecido internacionalmente pelo
seu trabalho nos jornais, nas tiras de "Tarzan"
e pela conceituada coleção de livros sobre anatomia.
Em 1933 começou a publicar a tira diária "Ivy Hemmanhaw".
Com a "depressão" mudou-se para Nova Iorque, onde
continuou com seu trabalho de ilustração para os jornais e como editor de cartuns. Em 1936 ele sucedeu Hal Foster
na tira "Tarzan", que Foster ilustrava desde 1929,
influenciado pelo classicismo, criando uma nova dinámica
na narrativa da arte sequencial. Hogarth desenhou "Tarzan"
para as páginas dominicais por 12 anos, de 1937 a 1950.
Alem de artista profissional, também atuava como profesor.
Durante anos foi instrutor de desenho para um grande número de estudantes, em diversas instituições.
Em 1947 ele funda a "Escola de Ilustradores e Cartunistas",
considerada como a maior instituição de desenho gráfico
do mundo. Hogarth preparou os curriculos das matérias,
e ministrou cursos sobre desenho, anatomia e história das artes. Em 1970 mudou para Los Angeles, continuou
seu trabalho como professor de desenho e criou numerosos
livros de estudos anatómicos, que se tornariam referência
para artistas dos mais variados, inclusive animadores por
computador. "Dynamic Anatomy" (1958), "Drawing The Head" (1965), "Dynamic Figure Drawing" (1970), "Drawing
Dynamic Hands" (1977), são conhecidos pelos estudiosos
da anatomia humana. Seus estudos sobre a anatomia humana, são emparentados ao desenho renascentista, e
Hogarth era chamado de "o Michelangelo dos quadrinhos".
Após mais de 20 anos de trabalho nas tiras de quadrinhos,
retornaria para a arte sequencial em 1972 com seu trabalho
"Tarzan Of The Apes", um livro ilustrado em tamanho grande publicado pela Watson Guptill e traduzido para
11 linguas, e lançado no Brasil pela editora Ebal. 
O trabalho foi um marco no género, iniciando o desenvolvimento que nos anos seguintes levaria a criação
do "Graphic Movel".
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