terça-feira, 18 de março de 2014

O Manifesto Antropofágico, foi um manifesto literário escrito por Oswald de Andrade,
principal agitador ecultural do Modernismo no Brasil.
Foi lido em 1928 para seus amigos na casa de Mario de Andrade e publicado
na Revista de Antropofagia.
Mais político que o anterior manifesto de Oswald, o da poesia Pau-Brasil,
apregoava o uso de uma "lingua literária, não catequizada".
Ideologicamente se alinhava com as idéias de André Breton, Marx e Rousseau.
A Antropofagia como movimento cultural, foi tematizado por Oswald nesse
manifesto, mas também reapareceu outras vezes em sua obra. Em "Marco Zero"
(1943), romance do Oswald escrito sob influência do marxismo e da arte realista
mexicana, relembrando a Antropofagia, e reelembrando-a como uma saída para
o problema da identidade brasileira e mesmo como antídoto contra o imperialismo.
A ideologia da poesia "Pau-Brasil", desejava criar uma poesia de exportação,
o Movimento Antropofágico Brasileiro tinha por objetivo a "deglutição" 
(daí o caráter metafórico da palavra antropofágico) da cultura do "outro externo",
como a norteamericana e europeia e do "outro interno", a cultura dos amerindios,
dos afrodescendentes, dos eurodescendentes, dos descendentes de orientais,
ou seja, não se deve negar a cultura extranjeira, mas ela não deve ser imitada.
Esse foi certamente um dos marcos do Modernismo Brasileiro.
Oswald de Andrade ironizava  em suas obras a submissão da elite brasileira
aos países desenvolvidos.
Propunha a "devoração" cultural das técnicas importadas para reelaborá-las
com autonomia, convertendo-as em produto de exportação.
extraído da Wikipédia


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