Carlos Alonso deu continuidade a proposta do realismo social
formulada pelos pintores da "Oficina de Mural",
de uma arte em comunicação com o povo, não como pintor muralista,
mas como ilustrador, participando de um projeto editorial de EUDEBA:
Editorial Universitária de Buenos Aires, da edição ilustrada em tamanho
tabloide, de obras clássicas da literatura, que era vendida também em banca
de jornal ao preço de um livro.
O aparecimento das ilustrações de Carlos Alonso, um artista plástico dedicado
também ao oficio de ilustrador, foi uma revolução no mercado editorial argentino.
Creio que esa mudança, assim como o aparecimento dos desenhos do uruguaio
Hermenegildo Sabat na imprensa, influenciaram a minha decissão de me dedicar
à caricatura e a ilustração.
Alberto Breccia e Hugo Pratt, também foram influências importantes,
rompendo os "moldes" rotineiros do relato visual das histórias em quadrinhos,
e elevando o nível literário do género.
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