terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Quando fui ver a exposição de Ingres na National Gallery
de Londres, em janeiro de 1999, fui cativado por seus
belos desenhos de retratos - misteriosamente "precisos"
quanto as feições, porém desenhados no que me parecia
uma escala artificialmente pequena. O que tornava a proeza
 de Ingres nesses desenhos tanto mais impressionante era
o fato de os modelos serem todos extranhos (é muito mais
fácil captar a semelhança de alguém que se conhece direito)
e de os desenhos terem sido traçados em grande velocidade,
a maioria num único dia. Ao longo dos anos eu desenhei 
muitos retratos, sei como leva tempo para desenhar do modo 
como Ingres desenhou. Fiquei pasmo. "Como ele os tinha feito?",
perguntei-me.
extraído de "O Conhecimento Secreto" de David Hockney

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