O estudo do retrato foi esquecido hoje.
No entanto é uma fonte de interesse
inesgotável para quem tenha o dom de realizá-lo,
ou apenas curiosidade.
Podemos dizer que o retrato fotográfico é suficiente.
Para a antopometria, sim, mas para o artista que está
a procura do caráter profundo de um rosto,
a reflexão é diferente: nos rasgos do modelo
descobre sentimentos com frecuência desconhecidos
do mesmo mágico que os trouxe a luz.
A análise de um fisionomista seria quase imprescindível,
para tratar de traduzir esa fisionomia em linguagem clara,
ya que esses rasgos sintetizam e contem muita coisa
que o pintor nem suspeita existirem.
Os verdadeiros retratos, aqueles cujos elementos,
da mesma forma que os sentimentos, parecem sair do modelo,
são bastante raros.
Na minha juventude visitava a miude o museu Lécuyer em
San Quintin. Alí estavam reunidos uma centena de esboços
feitos por Quentin Latour a pastel, prêvios aos seus grandes
retratos. Impressionado por esses amáveis rostos, comprovei logo,
que cada um deles era muito pessoal. Eu estava surpresso,
ao sair do museu, pelas variações dos rostos dessas máscaras,
e mesmo naturais e encantadoras na sua totalidade,
me impressionavam ao ponto de eu ter os músculos do rosto,
cansados de tanto rir.
No século XVII, Rembrandt,com seu pincel e seu buril,
fez verdadeiros retratos. Meu mestre Gustave Moreau dessia
que antes desse mestre, tinham se pintado só caricatos.
E o próprio Rembrandt afirmava que toda a sua obra era só de retratos.
O propósito deste blog é o de mostrar o trabalho do ilustrador,independente das regras impostas pelo mercado,nas quatro disciplinas praticadas por mim, em diferentes momentos e veículos: A Caricatura na Imprensa,A Ilustração na Imprensa,A Ilustração Editorial e O Poema Ilustrado. Também são mostradas modalidades diferentes das mesmas propostas como: Montagens das exposições e a revalorização do painel mural, através das técnicas de reprodução digital em baner.
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