O propósito deste blog é o de mostrar o trabalho do ilustrador,independente das regras impostas pelo mercado,nas quatro disciplinas praticadas por mim, em diferentes momentos e veículos: A Caricatura na Imprensa,A Ilustração na Imprensa,A Ilustração Editorial e O Poema Ilustrado. Também são mostradas modalidades diferentes das mesmas propostas como: Montagens das exposições e a revalorização do painel mural, através das técnicas de reprodução digital em baner.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Assim o universo total do artista expressionista torna-se visão.
Ele não vê, mas percebe. Ele não descreve, acumula vivèncias.
Ele não reproduz, ele estrutura (gestaltet). Ele não colhe, ele procura.
Agora não existe mais a cadeia dos fatos: fábricas, casas, doença,
prostitutas, gritaria e fome. Agora existe a visão disto. Os fatos têm
significado somente até o ponto em que a mão do artista o atravessa
para agarrar o que se encontra além deles... / Cada homem não é mais indivíduo ligado à obrigação, à moral, à sociedade, à familia. Nesta arte,
ele se torna somente o mais grandioso ou o mais humilhado: ele se torna homem. / Aquí temos o novo e o inaudito em relação às épocas anteriores.
Aqui o pensamento mundial burgués finalmente não se pensa mais.
Aqui não existem mais as ligações que tornam opacas as imagens do
humano. Não existem mais histórias nupciais, tragedias surgidas do
conflito das convenções e com a busca da liberdade, peças do meio
ambiente (milieu) chefes rígidos, oficiais ociosos, marionetes que,
penduradas nos arames das concepções psicológicas do mundo,
brincam com leis, pontos de vista, erros e vícios dessa sociedade
feita e construída pelos homens. / Através desses substitutos a mão do artista agarra cruelmente. Sucede que elas eram fachadas. Do bastidor e do jogo do sentimento tradicional falsificado não sai nada, somente o homem. /
Kasimir Edschmid - Manifesto Expressionista - 1918
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