sexta-feira, 3 de setembro de 2010

"Nos fomos criados num clima de medo, gerado pela violência do golpe militar. Tentando superar os 30.000 desaparecidos, as familias destruidas, tudo de ruim que aquí aconteceu. Todo esse "obscurantismo" que quiseram nos impor durante a década de 70, dizendo que tudo aquilo foi uma luta de bons contra maus. Podemos dizer "aquí aconteceu isto" mas nunca tivemos uma visão muito clara da questão. As fotos da exposição são comoventes. Expressam muito mais que tudo que pode expressar uma noticia no jornal. Com Puente de la Memória conseguimos um nível de transmisão de sentimentos, de circunstãncias e de emoções que dificilmente teríamos logrado sem as imagens e os depoimentos de todas as gerações envolvidas. Creio que ao olhar a foto de qualquer dos garotas e garotos daquele momento, não podemos negar que é parecido a qualquer companheiro. Nos paineis fotográficos podemos ler nas fisionomias situações semelhantes as que vivemos todos nos. Não podemos esquecer. Não podemos olhar de lado e dizer que não aconteceu nada. Devemos olhar para atrás e dizer que aquí ouve gente que pensou de uma forma, que sentiú de uma forma, que trabalhou para mudar as coisas, e também se equivocou. Somos humanos e podemos nos equivocar em algumas coisas. Mas essa gente expressou a vontade por um mundo mais solidário, com valores que hoje estão muito longe. Devemos tomar a esência, a intenção." ANDRÉS / sexto ano

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