domingo, 31 de janeiro de 2010

Ha sessenta e três dias que estou a caminho e ardo na impaciência de abordar a terra desejada. A 8 de junho vislumbrámos luzes estranhas que passavam em ziguezague: pescadores. No céu sombrio recortava-se um cone preto e denteado. Contornámos Moorea para descobrir Tahiti. Horas mais tarde já se anunciava a madrugada e, muito lentamente, nos aproximámos dos recifes de Tahiti para franquear o estreito e ancorar sem contratempos na enseada. Quem muito viajou não achará nesta pequena ilha o aspecto feérico de baía do Rio de Janeiro, por exemplo. Alguns picos montanhosos aonde uma qualquer familia trepou e proliferou, pasado há muito o dilúvio. Os corais, esses também treparam e envolveram a nova ilha.

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