segunda-feira, 30 de junho de 2008

SÉRIE "DIÁRIO" - Centauro ferido - estudo de uma escultura de Antoine Bourdelle - nanquim e guache --



... a través de Linares, através da calorenta e plana região pantanosa,
através do abafado rio Soto la Marina, próximo a Hidalgo e adiante.
Um enorme vale de selva verdejante com amplos campos cultivados
sugiu à minha frente. Grupos de homens nos observavam passar,
reunidos ao lado de uma velha ponte enferrujada.
O rio aquecido fluía, ardente.
E então subimos a novas altitudes e a região desértica e inculta resurgiu.
A cidade de Gregória estava a frente.
Os rapazes dormiam e eu estava ao volante, sozinho na minha eternidade,
e a estrada seguia reta como uma flecha.
Não era como dirigir pela Carolina, ou pelo Texas, ou pelo Arizona, ou pelo Illinois,
mas sim dirigir através do mundo rumo a lugares
onde nos finalmente aprenderíamos algo entre os lavradores indigenas desse mundo,
a origem, a força essencial da humanidade básica, primitiva e chorosa
que se estende como um cinturão ao redor da barriga equatorial do planeta,
desde a Malásia (a longa unha da China) até o grande subcontinente indiano,
passando pela Arábia e pelo Marrocos,

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