terça-feira, 9 de janeiro de 2018

NOVA OBJETIVIDADE

A "Nova Objetividade" foi um movimento sugido na Alemanha na década de 1920, como reação ao Expressionismo.
O termo foi aplicado a obras de arte pictóricas, literatura,
música, arquitetura, fotografia e cinema.
Gustav Friedrich Hartlaub, diretor da Kunsthalle 
de Mannheim, cunhou o termo em 1923, numa carta
que enviou a colegas descrevendo uma exposição
que estava planejando.
No seu posterior artigo "Introdução à Nova Objetividade:
A Pintura Alemã Desde o Expressionismo", Hartlaub explicou
"O que aquí estamos mostrando distingue-se
pelas características da objetividade com a qual os artistas
se expressam."
E identificou dois grupos:
1 - Os "Veristas": que rasgavam a forma objetiva do mundo dos fatos contemporâneos e representavam a experiência
corrente no seu tempo e febril temperatura"
2 - E os "Realistas Mágicos": que procuravam o objeto
com a habilidade eterna de encarar as leis externas
da existência na esfera artística."
Embora a distinção entre "Veristas" e "Realistas Mágicos"
seja de fato bem fluida, os veristas podem ser considerados
a ala mais revolucionária da "Nova Objetividade",
exemplificada por Otto Dix e George Grosz.
A sua forma veemente de realismo distorce as aparências
para enfatizar o feio. Era essa realidade que estes artistas
desejavam expor. A sua arte era crua, provocativa
e asperamente satírica. Outros importantes veristas foram:
Rudolf Schlichter, Georg Acholz (nas suas primeiras obras)
e Karl Hubbuch. Max Beckmann, ainda que ele nunca
se considerasse parte de nenhum movimento, é um gigante
entre os veristas, até mesmo se ele, às vezes, se chamasse de expressionista.
Em comparação com os "Veristas", os "Realistas Mágicos"
exemplificavam com maior claridade o "regresso à ordem"
posterior à Primeira Guerra Mundial, que se alçou nas artes
por toda a Europa, e que encontrou a sua expressão
no Neo-Classicismo. Os "Realistas Mágicos", incluindo
Anton Räders Scheidt, Christian Schad, Georg Schrimpf,
Alexander Kanoldt e Carl Grossberg, foram um grupo
diverso que abrangia do realismo quase fotográfico 
de Schad ao neo-primitivismo de Schrimpf. Os quadros
de Räderscheidt mostram ecos da pintura metafísica
dos italianos Giorgio de Chirico e Carlo Carrá, 
e a influência do pintor suiço Félix Valloton é evidente
no azedo realismo de vários pintores da "Nova Objetividade",
tanto veristas quanto realistas mágicos.
Entre os cultivadores deste realismo mágico,
esteve Albert Carel Willink.
Outros pintores que cultivaram em algum momento
este estilo foram Oskar Kokoschka (1886-1980),
o gravador e escultor Ernst Barlach (1870-1938)
e Conrad Félix Müller (1897-1977).
O movimento da "Nova Objetividade" acabou quando
caiu a República de Weimar, e os nacional socialistas,
sob a liderança de Adolf Hitler, tomaram o poder em 1933.
As autoridades nazis condenaram grande parte da obra
da "Nova Objetividade", considerando-a "arte degenerada",
confiscaram e destruíram muitas obras e, a varios
de seus artistas, lhes foi proibido expor. A uns poucos,
entre eles Karl Hubbuch, Adolf Uzarski e Otto Nagel,
foi-lhes proibido totalmente pintar.
Algumas das grandes figuras do movimento marcharam
para o exilio e não continuaram pintando no mesmo estilo.
George Grosz emigrou para os Estados Unidos e adotou
um estilo romântico, e a obra de Max Beckmann, quando
abandonou a Alemanha em 1937, foi expressionista
A influência da "Nova Objetividade" fora da Alemanha,
pode ser vista na obra de artistas como Balthus, Auguste
Herbin, Maruja Malho, Cagnaccio di San Pedro, Grant Wood,
Adamson Eric e Juhan Muks.

dados extraídos da Wikipédia 

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