segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Foi um grupo de artistas de inspiração expressionista,
formado em Munique, Alemanha, em 1911, composto
de emigrantes russos e alemães.
Os principais integrantes foram Wasilli Kandinsky,
Alexey von Jawlensky, Franz Marc, August Macke,
e Paul Klee.
Der Blaue Reiter ocorreu entre 1911 e 1914, juntamente
com "Die Brücke" (A Ponte), fundado em 1905 em Dresden.
Ambos foram os mais importantes movimentos 
do Expressionismo Alemão, e ambos opunham-se  
ao Cubismo, do qual reconheceram a sua ação renovadora, mas contestaram o fundamento racionalista e implicitamente realista.
Pretendiam ver a natureza e o homem a partir
das experiências, sensações e sentimentos individuais,
mas com um sentido universal, para a construção
de uma arte pessoal, fundada na meditação que, 
tal como disse Kandinsky, fundador e idealizador 
do grupo, nascesse da necessidade interior.
Sem um programa precisso, mas com uma orientação
decididamente espiritualista, Die Blaue Reiter editou
uma revista "Almanach Blaue Reiter", datada de 1912,
e organizou diversas exposições. 
O Almanach foi uma importante afirmação artística do grupo,
que aspirava criar uma nova imagem da história da arte.
Incluía ensaios sobre varias linguagens, 
como um sobre música e textos escritos por David Burliuk,
alem de pinturas de artistas do grupo. O material também
mostrava o interesse do Der Blaue Reiter pelo misticismo,
e declarava uma crença na eficácia simbólica e psicológica
da arte abstrata.
A primeira exposição, entre 1911 e 1912, ocorreu na galeria
Thannhauser, em Munique. Depois foi vista em Colônia,
Hagen e Frankfurt. 
As obras dos artistas do Die Blaue Reiter 
foram complementadas pelas de vários outros, incluindo
Heinrich Campendonk, Elizabeth Epstein, J.B. Niestlé,
Eugen Kahler, Albert Bloch, os russos David e Vladimir
Burliuk, os franceses Robert Delaunay e Henri Rousseau,
além de trabalhos do austro-húngaro Arnold Schömberg.
A segunda exposição, ocorrida entre fevereiro e abril 
de 1912, na galeria Goltz, em Munique, foi ainda
mais destemida e ambiciosa. Lá estavam reunidos 315
trabalhos entre aquarelas, desenhos e gravuras de autoría
de 31 artistas alemães, franceses e russos, incluindo Nolde,
Pechtein, Kirchner, Hekel, Klee, Alfred Kubin, Arp, Picasso, Braque, Delaunay, Malevich, Lariônov e Natalia Gontcharova.
Essas exposições foram bem recebidas pela classe artística,
mas mal compreendidas por críticos e público. No prefácio
da segunda edição do Almanach, lançado em 1914
(ano da dissolução do grupo), a decepção de Kandinsky
ficou clara:  "Um dos nossos objetivos, na minha opinião,
um dos principais, dificilmente foi atingido. Consistia em
demonstrar, por meio de exemplos, da justaposição
teórica e prática, que a questão da forma na arte 
é secundária, que na arte a questão é algo que diz respeito
predominantemente ao conteúdo. Tal vez os tempos ainda
não estejam maduros para "ouvir e ver" nesse sentido."
Seu grande objectivo era reunir nestas exposições
a vanguarda da arte europeia, artistas de todas 
as nacionalidades, superando as barreiras nacionais.
Era o elemento artístico que deveria preponderar.
De qualquer modo, seus integrantes sofreram influências
dos pintores franceses Cézanne e Matisse.
O grupo disolveu-se com o início da Primeira Guerra
Mundial, em 1914. Franz Marc e August Macke morreram
em combate, Kandinsky foi obrigado a voltar para Rússia,
em razão da "nacionalidade". Também Jawlensky e outros
artistas alemães, tiveram que fugir, refugiándo-se 
em Alcona, Suiça, até o fim da guerra, quando retornaram
à Alemanha. Em 1923, Kandinsky, Klee, Feininger
e Jawlensky formaram o grupo "Die Blue Vier" (Os Quatro
Azuis) e palestraram juntos nos Estados Unidos em 1924.

dados extraídos da Wikipédia

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