segunda-feira, 6 de novembro de 2017

"Aqui, a forma burguesa de pensar o mundo
finalmente não mais é pensada. A visão do humano
não mais é velada. Nada de intrigas familiares,
nada de tragédias surgidas do choque entre as convenções
e a ânsia de liberdade, nada de comédias de costumes,
nada de chefes brabos, oficiais boas-vidas, nenhum boneco
pendurado dos arames da cosmovisão psicológica, brincando, rindo e sofrendo com as leis, os pontos de vista,
os erros e os vícios desta existência social, 
feita e construída pelo homem. A mão do artista, cruel,
atravessa todos estes substitutos. De trás dos bastidores,
de baixo da canga do sentimento humano falsificado
e tradicional, surge nada mais do que o homem"

Kasimir Edschmid, 1917 

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