segunda-feira, 3 de novembro de 2014

JOSÉ MEDEIROS
Teresina, Piauí, Brasil 1921 - Abruzzo, L'Aquila, Itália 1990
José Medeiros foi um importante repórter fotográfico da equipe que fez a revista O Cruzeiro, e tornou-se modelo
de uma nova visão dentro do oficio de fotógrafo da época. 
A fotografia desempenhou um importante papel no processo
de concientização e informação da sociedade brasileira, 
com destaque para os anos conturbados da ditadura militar, quando a fotografia procurava ângulos que objetivavam driblar a censura e mostrar através das imagens, 
os momentos e situações adversas que não podiam ser abordadas nos textos.
Medeiros foi, ao lado do francés Jean Manzon, um dos
precursores do foto-jornalismo moderno no Brasil.
Aos 25 anos, já com trabalhos realizados para revistas como
Tabu, Rio e Sombra, foi convidado por Manzon para integrar
a redação da O Cruzeiro, onde permaneceu por 15 anos.
Ao longo da sua estada na revista publicou uma série de
foto-reportagens sobre os setores mais deficitários da sociedade, disse ele: "...a fotografia tem, aliás, como tudo,
uma função política. A fotografia não conta necessariamente
o real, pelo contrário ela pode mentir pra burro. A pessoa
por traz da câmera pode mostrar o que quiser. 
Eu por exemplo, para não defender interesses do patrão, 
do governo, saia pela tangente fazendo reportagens sobre
negros e índios...".
Em 1949, Medeiros participou da Expedição Roncador Xingu
A questão indígena se tornou então bastante recorrente
em sua obra. Foi um dos fotógrafos de O Cruzeiro que se
"especializou" em reportagens sobre populações indígenas.
Em 1962, ao sair da O Cruzeiro fundou a agência IMAGE
com Flavio Damm e Yedo Mendonça. Em 1965 começou
a trabalgar como diretor de fotografia cinematográfica, sendo
responsável por filmes como "A Falecida" de León Hirszman
e "Chica da Silva" de Cacá Diegues.

dados extraídos da Wikipédia

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