quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O jornal OPINIÃO foi um semanário brasileiro
que circulou entre 1972 e 1977. 
Chegou a atingir a tiragem de 38.000 exemplares
semanais em seu primeiro ano, tamanha a repercussão
no cenário nacional.
Destacou-se, ao lado do PASQUIM e do MOVIMENTO
como um jornal da chamada "imprensa alternativa",
concentrando-se na veiculação de artigos escritos
por jornalistas e intelectuais em oposição ao regime
militar.
O editor era o repórter Raimundo Pereira, e a equipe de arte
esteve formada por: Elifas Andreato: diretor de arte e autor
do projeto gráfico, pelos ilustradores: Cassio Loredano,
Carlos Clémen, Luis Trimano, Pedro Terra (Petchó), Laercio
D'Ángelo Ribeiro, Milton Rodrigues Alves, e o gravador
Rubem Grilo.
Dentre seus colaboradores, destavam-se: Antonio Callado,
Darcy Ribeiro, Celso Furtado, Otto Maria Carpeaux,  
e Oscar Niemeyer.
OPINIÃO também reproduzia, em português, materias publicadas
pelo jornal francês Le Monde e o britânico The Guardian.
O fim do jornal se deu por conta das restrições impostas pela censura.
OPINIÃO, junto com MOVIMENTO e PASQUIM, foi um dos jornais
mais afetados pela censura, resistindo a quatro anos e meio
de pressões: 221 edições foram feitas sob censura prévia.
Em alguns casos mais da metade do jornal era censurada,
obrigando os redatores a escreverem sempre mais matérias que o necessário.
As ilustrações censuradas, voltavam com um ou varios carimbos estampados
pelo desenho,com a inscrição: CENSURADO, e rabiscados com lápiz de cera
azul ou vermelho, inutilizando a ilustração.
Das 10.548 páginas escritas pelos colaboradores do jornal, somente 5.796
chegaram aos leitores. As partes censuradas eram por vezes substituidas
por tarjas pretas.
Alem dos problemas com a censura, a sede do jornal sofreu um atentado a bomba,
promovido pela auto-intitulada Aliança Anticomunista Brasileira, na madrugada
de 15 de novembro de 1976.
En su penúltima edição, o jornal anuncia que o próximo número só seria lançado
se estivesse livre de censura. Desta forma, a edição 231 foi lançada sem ter sido
submetida a avaliação prévia pela censura federal, em Brasilia, como ocorria
normalmente. Na sequência, os exemplares foram apreendidos nas bancas,
e o jornal encerrou suas atividades.
extraído da Wikipédia

Nenhum comentário: