quinta-feira, 11 de abril de 2013

Assustado, Wuayna Chacha acordou
com um frio chuvisco caindo em seu rosto.
Era tarde, o tempo tinha virado,
e uma nuvem cinzenta passava derramando
uma breve chuva na montanha.
Depois de espantar o sono, tratou de refletir
sobre o que tinha se passado, levantou-se e correu
para dar um abraço forte e demorado em Wintata,
que continuou a ruminar serenamente
alguma gramínea fresca que acabara de arrancar
entre as pedras da montanha.
Wuayna Chacha olhou para o céu e viu que o sol
voltara a acender em matizes púrpura o esplendor
do crepúsculo no topo da majestosa cordilheira.
Uma brisa suave e perfumada soprou em seu rosto,
devolvendo-lhe um sentimento de paz e felicidade
que confortou o seu coração.
O menino esfregou os olhos e sacudiu a cabeça
algumas vezes antes de retornar a sua aldeia.

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