domingo, 3 de junho de 2012

O retrato fotográfico, atividade essencialmente dirigida
a um público aristocrático e ou burgués,
tanto pela localização dos estúdios e ponto de difusão
quanto pelos preços, indiscutivelmente mais baixos
daqueles da pintura mas não ao alcance de toda a sociedade,
como poderia nos levar a crer apressadamente as afirmações
sobre o caráter democrático do "novo meio", a fotografia revela-se
um poderoso instrumento de coesão social, pois oferece
às camadas hegemônicas um repertorio de imagens comuns
que permitem viajar no tempo e no espaço,
estabelecer um museu imaginário ideal.
A produção do retrato fotográfico era realizada em estúdios
e apresentava fortes influencias da pintura.
O modismo do estúdio fotográfico obteve grande sucesso
nos Estados Unidos e Europa entre 1840 e 1841.
A fotografia satisfacia as exigências da florescente clase media,
ávida por imagens de todos os tipos.
Por volta de 1800 grande parte da burguesia mandava fazer retratos seus,
e foi nos retratos fotográficos que a fotografia obteve
sua aceitação mais imediata. Qualquer um podia ser retratado com facilidade,
a um preço acessível. A fotografia tornou-se, assim,
uma projeção de valores democráticos.

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