segunda-feira, 30 de junho de 2008

SÉRIE "DIÁRIO" -



cruzando os próprios desertos e selvas do México,
sobre as ondas da Polinésia para chegar ao Sião místico da Túnica Amarela,
sempre ao redor, ao redor, de modo que se pode ouvir
a mesma lamúria nostálgica desde as muralhas arruinadas de Cádiz, na Espanha,
até vinte mil kilómetros mais além, nas profundezas de Benares, a Capital do Mundo.
Essas pessoas eram induvitavelmente indias
e não tinham absolutamente nada a ver com os tais Pedros e Panchos
da tola tradição civilizada norte-americana.
Tinham as maçâs do rosto salientes, olhos obliquos, gestos suaves:
não eram bobos, não eram palhaços, eram grandes e graves indígenas,
a fonte básica da humanidade, os pais dela.
As ondas são chinesas, mas a terra é coisa dos indios.
Tão essencial como as rochas no deserto,
são os indios no deserto da "história"
tradução: Eduardo Bueno

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